Ela costuma navegar sozinha num mar revolto de sentimentos. Imersa em pensamentos e sem destino certo, vaga andarilha.
O gosto salgado das lágrimas mistura-se à água do mar que espirra em seus olhos. Com as mãos rente ao corpo, tudo que ela pode fazer é observar, buscando uma saída para essa confusão que criou dentro de seu peito.
Seu barco está afundando, sendo engolido pelas coisas que guardou para si mesma.
E o silêncio, ó doce silêncio, vai afogá-la, juntamente com seu orgulho.
É assim que morre um coração apaixonado: Perdido na quietude do mar aberto, na solidão das profundezas de um oceano de palavras jamais ditas.

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