Dei início nas pesquisas genealógicas impulsionado pela curiosidade em saber das origens de minha família; tentando compreender/descobrir de onde vieram aqueles que me antecederam, quem foram o que pensavam e faziam, etc. É claro que a busca foi -e está sendo- árdua e nem sempre apresenta os resultados esperados.
Uma das maiores descobertas que fiz enquanto procurava, é que meu sobrenome materno "VENTURA" surgiu ocasionalmente, do nada, por assim dizer; sendo o motivo que o originou uma completa incógnita. Vamos aos fatos:
1) A primeira pessoa da família que aparece com o sobrenome é FRANCISCO JOSÉ DE ALBUQUERQUE, que no casamento de seu filho, Eufrazio Ventura (Paróquia de Lages/SC, no ano de 1858), assume o nome de Francisco Ventura. Não sei ao certo o que motivou a troca de sobrenome, pois no batismo de outros filhos de Francisco, realizados em Lages, ele se apresenta como Albuquerque.
2) Francisco José de Albuquerque casou-se com Dina Maria Coelho (Teixeira) na Lapa/PR, em 20/11/1822. Infelizmente, devido a ação do tempo, não é possível ler exatamente o nome dos pais do casal e nem mesmo a região de onde vieram. O que se sabe é que tiveram alguns filhos na região da Lapa e logo depois migraram para Santa Catarina.
Em 1846, já na cidade de Lages/SC, o casal batiza meu tetravô, Sr. José Francisco (Ventura) (falecido em Barracão/RS, em 25/01/1922). Este fora casado com Maria Luiza dos Santos, filha de Miguel Nunes de Almeida e Balduina Maria Luiza. Infelizmente, não encontrei o casamento de ambos para verificar o sobrenome; mas sei que migraram de Lages/SC para Lagoa Vermelha/RS, pois no ano de 1891, registraram um de seus filhos, Elidia dos Santos Ventura, no civil.
*OBS.: José Francisco Ventura aparece no registro de alguns de seus netos como "José Francisco Ventura de Albuquerque". Porém, a partir daqui, todos os filhos herdam apenas o "Ventura" e o sobrenome "Albuquerque" desaparece por completo. Como não era mencionado o sobrenome nos batismos, a pessoa assumia o sobrenome apenas no casamento e -ainda- não tenho o casamento dele para verificar.
4) Continuando, no registro da filha Elidia consta o nome dos avós paternos e maternos, confirmando que as informações supra estão corretas. O declarante do nascimento dela fora seu irmão, Silvino Francisco Ventura, filho mais velho do casal e meu trisavô.
5) Silvino Francisco Ventura nasceu aproximadamente em 1869 (quando a mãe tinha apenas 15 anos de idade) e casou-se em 14 de agosto de 1892, em Lagoa Vermelha/RS, com Francisca Ferreira de Barros (batizada em 06/03/1872, em Lagoa Vermelha/RS), filha de Manoel Luiz de Barros e Maria Ferreira França. Silvino falece viúvo, em 19/12/1938, na cidade de Barracão/RS.
6) Uma das filhas do casal Silvino e Francisca, fora Maria Julia Ventura (bisavó), nascida em 16/08/1893, na cidade de Lagoa Vermelha/RS. Maria casou-se com Pedro Alves Moreira (natural de Campos Novos/SC, batizado em 1890, filho de Honório Alves Moreira e Cecilia Maria Nunes), em Barracão/RS, aos 05/09/1912.
*OBS.: Cecilia Maria Nunes era irmã de Maria Luiza dos Santos, tia do Silvino Francisco Ventura, de forma que o casal Maria e Pedro eram primos.
Maria e Pedro migraram por várias regiões, registrando alguns filhos em Catanduvas/SC, Cruzeiro do Sul (atual região de Joaçaba/SC) e em Barracão/RS. Pedro faleceu em 20/09/1964, na cidade de São José do Ouro/RS.
8) Voltando aos filhos do casal, meu avô, Felippe Alves Ventura, está registrado na cidade de Barracão/RS, em 29/03/1930. Felippe residiu em Barracão por alguns anos, até o falecimento de sua primeira esposa, quando então conheceu minha avó, Sebastiana Antunes de Matos, nascida em Barracão/RS, aos 02/08/1946 (batizada em Tapejara), filha de Odolvira Antunes de Matos (Odorviria Antunes Pereira) e Antônio Solano de Figueiredo.<
9) Felippe e Sebastiana casaram-se em 12/07/1965, na paróquia de Barracão/RS; e então migraram para a cidade de Tangará/SC, onde se estabeleceram e tiveram seus filhos e filhas, dentre eles, minha mãe, Laurinda Matos Ventura, chegando a geração atual. Meu avô falece em 02/09/1996, na cidade de Tangará/SC.
Infelizmente, a real origem do sobrenome VENTURA permanece incerta até o momento. Não consegui localizar os pais do tal Francisco nem da Dina, o que deixa a dúvida no ar: Será que os pais destes tinham o sobrenome Ventura? Será que era o sobrenome de algum amigo íntimo do casal? Ou a troca deu-se apenas por uma mania luso? Isso apenas o tempo -e muita pesquisa- poderá dizer.
P.S.: Se quiser saber mais sobre os filhos dos casais acima, verificar as fontes citadas, etc; pode acessar o link: https://www.familysearch.org/pt/tree/person/details/G743-TM3
0 Comentários